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a matar pessoas , desde 21 de Março de 009 ![]() |
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. crise de gripasma segunda-feira, setembro 28, 2009
Só espero que não seja uma daquelas gripes fantásticas que prometem matar metade da população. Só os cães é que não têm gripe A. . Indecisões ~Novo Blogue quarta-feira, setembro 09, 2009
. 'não se é mau apenas por haver melhor' segunda-feira, setembro 07, 2009
hoje vi-a, passei por ela e não pude deixar de obrigá-la a cumprimentar-me com um abraço e uma conversa razoável, eu não podia deixá-la passar a dizer apenas um olá. E por momentos, pensei que estava tudo como antes, bem. Ela estava branca, confessou que não queria ficar morena, e mesmo antes de ir embora, quando já caminhavamos com o nosso trajecto anterior, ela disse-me que se precisasse de alguma coisa que mandasse mensagem e se não tivesse o seu número que pedisse à outra. Por momentos pensei que fosse tudo um mal entendido, um colapso no espaço e no tempo, coincidências. Mandei-lhe uma mensagem então, a confirmar o número, e o que recebi foi secura pura, e mais nada. Foram demasiadas coinciências, demasiados mal entendidos. Mas quem me diz a mim que este não foi mais um? . capítulo quarto . quinta-feira, setembro 03, 2009
![]() Olho em meu redor para uma paisagem desconhecida e ao mesmo tempo familiar. Será que adormeci a ver televisão e agora sonho com partes dele em qual eu sou a personagem principal? Ai, a minha cabeça. Vejo pessoas a lutar entre si, nada distinguidas no meio de todos os tons sujos e mortos. Tenho perceber de que lado estou a lutar, analiso o que tenho vestido e nenhuma conclusão consigo tomar. Bem, se eu sou a personagem principal, deveria lutar e ser valente, coisa que não sou. Já que estou no sonho, aproveita-se. Aproximo-me de um ser que acabara de recuperar a espada de dentro de um outro corpo já sem vida e preparo-me para lhe perguntar qualquer coisa, no objectivo de perceber por que parte do tabuleiro ele joga, se pelas pretas, se pelas brancas. Mas antes que eu possa fazer um único som audível – também pudera, com tanto barulho como poderia ele ouvir-me à primeira? – ele empurra-me para o lado, atirando-me ao chão com a espada e o escudo que tinha na mão, que só reparei agora possuir, e começa a abrir caminho por entre a multidão montanha a cima. Montanha não, uma elevação que erguia uma outra personagem reluzente. Mas então? Se eu sou a personagem principal deste filme, porque raio é que ele apenas me empurrou para o chão, como se não valesse nada, como se a minha presença não tivesse importância alguma no enredo? Levanto-me e viro-me de costas para o soldado que me roubara o protagonismo e reparo na outra montanha que se erguia no lado oposto, também com defrontes a decorrer. Mas aí não se encontra um homem reluzente. Nessa montanha, encontram-se doze mulheres, que até de longe se define a elegância dos seus traços e dos seus gestos. Um soldado, não importa por que lado lutava, dá-me um encontrão, passando por mim sem sequer me atacar ou falar. Só agora percebo, a personagem principal ali não sou eu, eu estou ali como um mero peão, um soldado sem importância, daqueles que eles multiplicam nos filmes para dar a noção de muitos, quando na realidade os derrotados são sempre os mesmos. Um suspiro ofegante de raiva passa por mim, de raiva e de infantilidade. Se o sonho é meu, eu deveria ser a personagem principal. Corro então na direcção da Personagem que achei principal nesta história, o homem reluzente. Passo facilmente por toda a multidão, pelos vistos estou do mesmo lado que o convencido, ou melhor, ele é que está do meu lado. Além de me roubar o protagonismo no meu sonho, encontra-se parado, a ver a batalha decorrer, sem esconder a ânsia que lhe transpira pelos poros. Junto-me a lado dele, ali no cume protegido e livre, sabe-se lá com o quê. Ao longe as donzelas já não se encontram alinhadas, apenas um vulto consigo identificar, os outros devem-se ter espalhado na multidão. Não demora muito a aparecer uma rapariga também bela, não elegante como as outras, talvez devido ao traje de soldada, mas bonita com umas madeixas castanhas claras a fugirem do capacete de metal. Ela ajoelha-se perante o convencido e faz-lhe uma vénia, retirando um objecto redondo e colorido, parecido com uma bolha de cristal que varia de cor à medida que é movimentada. Ela pega-lhe e analisa-a cautelosamente, como se ela se pudesse partir mesmo com o seu simples toque. - Gustavo? – Olho para ela intrigado. Como saberia ela o meu nome no meio de tal enredo? Como saberia ela, uma personagem também secundária, o meu nome? - O quê? – balbucio no meio de tal surpresa. Os olhos delas encontram-se arregalados, azuis limpos, um azul líquido e brilhante. - Não. – diz o outro, o Homem reluzente que me roubou o papel. Ela desvia o olhar para o chão, mudando a sua expressão algo alegre para uma tristeza aterradora e desapontada. A minha cabeça dá mil e onze nós à medida que sou vítima de mil e nove pensamentos, proibindo-me de raciocinar ou de continuar uma linha de pensamento sem que me fugisse no momento seguinte. Ouço um grito, um não, vários, de mulheres, talvez das donzelas anteriores. - Não! Não podem! – Gritam em agonia, desespero. Olho para a minha direita e ainda com a rapariga ajoelhada a seus pés, o convencido ergue o cristal reluzente aos céus, soltando gargalhadas em tom de vitória. Num reflexo precipitado, salto o suficiente para agarrar no objecto desejado e fujo com ele escondido nos meus braços cruzados, colina abaixo. Agora é ele quem grita, ordenando os seus soldados que me sequestrassem. Que fazer agora? Apressam-se os soldados a rodear-me, deixando-me nenhuma alternativa de fuga. De um lado apareceram as donzelas e do outro o homem reluzente e a rapariga que sabia o meu nome. Apenas o rosto desta última se encontrava nítido, mas eu conseguia ouvir bem as vozes dos restantes. Formavam uma circunferência à minha volta, de raio aproximado aos vinte metros, avançando lentamente, apressando o ritmo do bater do meu coração. Ergo a esfera e o silencio toma conta de tudo e todos. Todos os soldados e todas as lutas paralelas entre soldados silenciam e dão lugar às palavras dos seus supostos líderes. - Devolve-me isso imediatamente! Nem sabes o erro que estás a cometer! – gritava o convencido. - Eles querem-nos destruir Gustavo, ajuda-nos! Dá-nos o cristal! – começa uma das donzelas. - Ele pertence-nos! – avisa uma outra, mais severa. - Gustavo. Por favor. – suplica a rapariga dos olhos azuis. Estagnei, olho para tudo e todos. Quem ajudar? - Como é que vocês sabem o meu nome? Digam! – grito no desespero. Tento me acalmar mas não consigo, e os pensamentos continuam-me inalcançáveis, a rapariga olha-me novamente com a expressão triste após uma ordem qualquer do outro que eu não gosto. Ninguém responde, apenas continuam com os seus pedidos e súplicas. Dobro o braço e aproximo-o dos meus olhos, tentando ver a importância escondida nele. Faço novamente a mesma pergunta e recebo a mesma resposta, súplicas. A raiva toma então conta de mim, esqueço-me completamente de que aquilo é um sonho e a revolta fala mais alto. Ergo novamente o objecto, alvo dos olhares de todos os espectadores que anseiam a minha decisão, e fito as caras desfocadas. Nem sei se foi por perceberem a minha intenção ou não, mas todos iniciam uma corrida desesperada na minha direcção. Não dou tempo nem para que dêem dois passos. Aperto bem a minha mão direita e atiro o cristal aos meus pés. Com a explosão o meu fato de soldado solta-se, evaporando, deixando-me com a minha roupa humana, banal. O tempo começa a abrandar, não a chuva nem o sol, mas sim os movimentos de toda a gente que ali se encontra, incluindo eu. À medida que abranda as pessoas começam a ficar estagnadas, perdidas no tempo e no espaço. E apesar de não conseguir mexer um único músculo, consigo ouvir o silêncio que se tornara meu aliado, consigo cheirar as rosas que ocupam a floresta ao longe, consigo ver o cristal a partir-se em milhares de pedaços brilhantes, libertando um fumo branco que me inundou de liberdade. Mas então os estilhaços provocados pela quebra do cristal, voando em todas as direcções, atingem-me as pernas, formando pequenas feridas que me agoniaram o resto do pouco tempo que ali me encontrei. O último pedaço de cristal desaparece no chão e a corrida na minha direcção continua a toda a velocidade. A primeira a chegar à minha beira é a rapariga de cabelos claros, o seu capacete e o seu fato de soldada havia desaparecido também, dando a notar uma roupa também humana. A velocidade a que havia corrido valera-lhe uns segundos sozinha comigo, os suficientes para me matar. Mas em vez disso, fechou os olhos e aproximou o seu rosto do meu. Fecho os meus também à espera do momento, do toque, do encontro dos nossos lábios, mas acordo antes de o sentir. Nunca desejei tanto adormecer sem sono. Etiquetas: gustavo |
somewhere timeless ela face ![]() no where março 2009 abril 2009 julho 2009 agosto 2009 setembro 2009 outubro 2009 novembro 2009 dezembro 2009 fevereiro 2010 março 2010 abril 2010 maio 2010 junho 2010 julho 2010 agosto 2010 setembro 2010 outubro 2010 novembro 2010 dezembro 2010 janeiro 2011 fevereiro 2011 março 2011 abril 2011 maio 2011 junho 2011 julho 2011 agosto 2011 setembro 2011 outubro 2011 novembro 2011 dezembro 2011 janeiro 2012 fevereiro 2012 março 2012 abril 2012 maio 2012 junho 2012 julho 2012 agosto 2012 setembro 2012 outubro 2012 novembro 2012 dezembro 2012 janeiro 2013 fevereiro 2013 março 2013 abril 2013 maio 2013 junho 2013 julho 2013 agosto 2013 setembro 2013 outubro 2013 novembro 2013 dezembro 2013 janeiro 2014 |
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