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stay away
a matar pessoas , desde 21 de Março de 009 ![]() |
someone
![]() the eternal sunshine of the spotless mind, my clementine |
. sexta-feira, novembro 29, 2013
everybody on social networks showing their love with status with impossible words and photos of moments and kisses and i'm just here eating my dessert before dinner.
. you never told me how you wanted it to be sábado, novembro 23, 2013
how do i stop myself becoming a cliché
. a certeza de ser incerto segunda-feira, novembro 11, 2013
Anda comigo. Senta-te aqui ao meu lado, no para-peito, os pés ao ar, o sol nas nossas caras. Vê-lo surgir entre as nuvens que amaciam a montanha. Vês ali ao fundo aquela cúpula? Alguém se casa lá hoje, as pombas voam na direçao oposta. Anda, fica comigo mais um bocado a sentir o vento, não tenhas medo de cair. Caso o vento seja muito forte eu agarro-te. Senta-te aqui comigo ao lado da antiga casa das vespas, este ano decidiram não vir de férias, é a crise. Olha ali ao fundo, as árvores começam-se a pintar. Se reparares bem, no meio das verdes amareladas e laranjas avermelhadas há ali uma cor-de-rosa. Como se eu gostasse muito da cor. Ouvi dizer que é a assim que está o teu cabelo de quando em vez. Anda, só durante mais um bocadinho. Deixa-me dizer-te o quão bem me sinto aqui no banho do sol e vento que me mantém na temperatura da saudade exata, no esplendor da satisfação de falar um silêncio, só para ter a certeza que percebes aquilo que eu não digo. Anda, de certeza que ainda estás receosa na incerteza de querer sair? Olha ali o reflexo na água que cintila do rio, esse que atravessa os salgueiros. Vês como eles dançam com o vento? Livres, apaixonados. É assim que te imagino a dançar, embora só uma vez te tenha visto. Embora agora nunca te veja. Embora as circunstâncias não me tenham dado nunca a oportunidade de te ver. Regularmente, digo. Isto já teria acabado há mais tempo, ora diferente, ora igual, ora pior, mas já teria acabado. Anda, olha agora para o outro lado, para a outra montanha. Ali ninguém se casa, naquela torre só rezam àquilo que nenhum de nós acredita. Ou eu. Já não sei em que acreditas. Já não sei se acreditas sequer que tens a possibilidade de ser feliz e que te negas isso. Senta-te só mais uma volta no relógio. Vamos, não falemos de pontos de interrogação, não quero que fujas para londres sem mim. Falemos de ti. Mas nisso somos iguais. Sobre nós contamos o vazio da melhor forma. Em silêncio. Já o percebes agora? O meu silêncio? Anda, não tenhas medo. O sol já quase se põe. Podemos ficar a noite se o entenderes, as estrelas são bonitas daqui também. Eu fecho a janela para as melgas não entrarem. Senta-te pelo menos até ao pôr-do-sol. Vamos vê-lo queimar-se no limite e desaparecer. Olha agora, a última ponta incandescente a desaparecer naquele prédio. É uma lástima deitar-se onde se deita. No nosso mar ficaria muito mais poético, muito mais grandioso. Nem todos podem ter essa vista. Eu tenho, numa outra janela. Noutro dia digo-te para te sentares comigo nela. Anda, o ponto já desapareceu, fica só mais um bocado. Vamos ver o céu desaparecer.
Anda, senta-te aqui ao meu lado no para-peito. Se o vento for muito forte eu agarro-te.
E caímos os dois.
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