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stay away
a matar pessoas , desde 21 de Março de 009 ![]() someone
![]() the eternal sunshine of the spotless mind, my clementine
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. Would the five year old you admire who you’ve become? quarta-feira, março 21, 2012
Há dias assim, dias que não deviam ser acordados.
Há alturas que nos relembram, como um espelho de água, da figura que carregamos
dia-a-dia, a máscara de palhaço que criamos para as pessoas se rirem, viverem bem,
felizes em nosso redor. Há momentos que nos obrigam a rever tudo o que somos,
tudo o que queremos ser, tudo o que pensávamos já ter atingido, a pessoa que
pensávamos já ser.
Há dias em que a raiva se apodera e me apetece
voar, correr, sentir o vento a cortar a minha falta de respiração, a minha asma
que a cada dia me tenta empurrar mais um pouco e desequilibrar da corda de
circo. Há dias em que me frustro com o que me obrigado a ver pela frente,
aquilo a que eles chamam de futuro, aquilo a que eu chamo de
meio-para-atingir-um-fim.
Custa-me perceber que há dias em que gosto, há dias
em que o meu “eu” decide se interessar pelo que me ensinam, pelo que me sugerem
ser uma forma válida de vida, um caminho seguro e apelativo. E custa-me ainda
mais a realidade de querer chorar ao pensar no caminho como um longo percurso
no qual me meto, um percurso que ninguém compreende o porquê da sua existência
na minha vida, um percurso que em dias me faz querer deitar no chão e parar,
esconder-me dos olhados falsos e risonhos daqueles que apoiam o trilho e fingir
que nada aconteceu, fingir que tudo vai ficar bem. É aquilo que fazemos melhor,
amor. Fingir.
Porque eu tenho inveja dela, mas ela nasceu para
aquilo, ela tem desculpa, nasceu para o desporto. Burro eu, torno a repetir,
que decidi armar-me em pessoa inteligente e tirar boas notas; porque uma média
das minhas não se pode desperdiçar. Tenho inveja dela, mais do que qualquer
pessoa sabe, porque a elogiam no que ela faz melhor, no que ela mais gosta de
fazer. E eu? Quantas vezes mais tenho eu de dizer que o que sigo agora não é o
meu sonho para que eles interiorizem isso? Sabes, amor, eles também aprenderam
a fingir, fingiram desde cedo que eu não falava, foi daí que veio o meu vício
de falar alto (voz de teatro, minto eu); fingiram que tudo o que eu disse
gostar era passageiro mesmo comigo aos seus ouvidos a reclamar o contrário (mal
eles sabiam o meu feitio do contra); fingiram que eu me esqueci, depois do
nono, depois do décimo segundo, tal como tenho a certeza absoluta que fingem
agora e fingirão depois de um curso tirado (se tirado) que esta ideia estúpida
sairá da minha cabeça.
Mas não te posso falar mais, assim vais odiá-los
tanto como eu, porque ao contrário de mim, amor, tu não percebes. E não tens de
perceber.
Talvez noutro desabafo eu te tente contar, num que
já escrevi mas tive a preguiça de o passar a computador.
Há dias assim. Dias em que cada lado do corpo puxa
para um lado oposto e eu sofro no meio.
"Eu disse-lhe um segredo. Não partas nunca mais."
Não, eu não gostaria da pessoa em que me tornei.
somewhere timeless ela face ![]() no where março 2009 abril 2009 julho 2009 agosto 2009 setembro 2009 outubro 2009 novembro 2009 dezembro 2009 fevereiro 2010 março 2010 abril 2010 maio 2010 junho 2010 julho 2010 agosto 2010 setembro 2010 outubro 2010 novembro 2010 dezembro 2010 janeiro 2011 fevereiro 2011 março 2011 abril 2011 maio 2011 junho 2011 julho 2011 agosto 2011 setembro 2011 outubro 2011 novembro 2011 dezembro 2011 janeiro 2012 fevereiro 2012 março 2012 abril 2012 maio 2012 junho 2012 julho 2012 agosto 2012 setembro 2012 outubro 2012 novembro 2012 dezembro 2012 janeiro 2013 fevereiro 2013 março 2013 abril 2013 maio 2013 junho 2013 julho 2013 agosto 2013 setembro 2013 outubro 2013 novembro 2013 dezembro 2013 janeiro 2014 dream always
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