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stay away
a matar pessoas , desde 21 de Março de 009 ![]() someone
![]() the eternal sunshine of the spotless mind, my clementine
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. “And I guess I realized at that moment that I really did love her. Because there was nothing to gain, and that didn't matter.” sexta-feira, novembro 30, 2012
E se eu disser que sim? Sempre foi esse o dilema, sempre foi essa a dúvida que nos deixou no lugar, talvez mais certa, talvez menos formada, mais realizada. Mudaria alguma coisa? A retórica com que nos desculpava-mos, a retórica onde nos escondemos na expetativa no primeiro passo alheio.
Quanto tempo demoraste a perceber que eu gostava de ti? Um dia? Duas horas? Dez minutos? Quinze segundos? Não pode ter demorado muito, não sou muito subtil quanto a isso, não que eu não o tente ser, porque é inevitável. Mas não vou aprofundar mais, já te contei a minha perspectiva do dia em que te conheci, pela segunda vez.
E é por isso que eu não te posso culpar de nada, só me posso massacrar a mim, por me ter massacrado. És bastante parecida com ela, sabes? A Miss Literatura. Não fazes nada que te comprometa, logo ninguém te pode julgar por quebrar promessas. Acho covarde, na realidade acho, mas sou criança demais para julgar covardias.
Não te posso culpar de nada porque tu nunca disseste que mudava, e perguntar-me se mudava aconteceu uma vez e rapidamente te arrependeste, nem deste tempo ao tempo de passar, como se aquele passeio tivesse sido algum acordo inquebrável se expirado. Como se soubéssemos o que estávamos a fazer.
Nunca deste a entender nada do que querias, se querias, mas eu continuei na esperança, e agora a reler as cartas torno-me ainda mais deprimente, relembro as incertezas e o receio de cada palavra que escrevi, como se fosse ainda hoje de manhã que tas tivesse escrito. Disseste sempre não ter as respostas, não ter as palavras, e quem te julga a ti olhando para mim?
Então, quanto tempo foi mesmo? Meio minuto? Após esse meio minuto não podias ter dúvidas da minha resposta à tua pergunta mas assim te mantiveste, calada, no teu canto. Usaste a pergunta como desculpa ao longo do ano e eu esperei, alimentei-me da esperança, com tudo o que me rodeava e rodeia acho que foi o melhor que pude fazer.
E isso chateia-me, mas a criança sou eu na verdade, os teus quinze anos atuais não enganam ninguém e a minha velhice já está desmascarada. Fui eu que sempre acreditei, como as crianças acreditam em finais felizes, tal como ainda acredito, estupidamente. É que por muito que eu te queira perder nas memórias é inevitável, já fazes parte da minha vida, seria estranho após tanto tempo não o fazeres, e eu ligo-me demasiado às pessoas para as conseguir perder.
Curiosamente vejo-me envolvido numa versão pobre de um romance daqueles que sempre apoiei e elogiei, aqueles que não têm um final feliz. Acho que nunca tinha imaginado como é que os intervenientes se sentiam realmente. Não tinha noção que era tão mau. E sinto-me ainda mais criança por ter a esperança de o conseguir mudar.
Só gostava que soubesses o que fiz este ano que nunca havia feito por alguém.
not sure what i pretended with this letter. maybe my hopes are finnaly caving in.
30 de Novembro de 2011
00,15
Criatura
somewhere timeless ela face ![]() no where março 2009 abril 2009 julho 2009 agosto 2009 setembro 2009 outubro 2009 novembro 2009 dezembro 2009 fevereiro 2010 março 2010 abril 2010 maio 2010 junho 2010 julho 2010 agosto 2010 setembro 2010 outubro 2010 novembro 2010 dezembro 2010 janeiro 2011 fevereiro 2011 março 2011 abril 2011 maio 2011 junho 2011 julho 2011 agosto 2011 setembro 2011 outubro 2011 novembro 2011 dezembro 2011 janeiro 2012 fevereiro 2012 março 2012 abril 2012 maio 2012 junho 2012 julho 2012 agosto 2012 setembro 2012 outubro 2012 novembro 2012 dezembro 2012 janeiro 2013 fevereiro 2013 março 2013 abril 2013 maio 2013 junho 2013 julho 2013 agosto 2013 setembro 2013 outubro 2013 novembro 2013 dezembro 2013 janeiro 2014 dream always
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