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stay away
a matar pessoas , desde 21 de Março de 009 ![]() someone
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. começo bem ~ is that all right? terça-feira, junho 07, 2011
é aquela raiva que não se consola. é aquela raiva que não me deixa fazer nada. impede-me de me levantar sequer para tentar abrir o livro e estudar para amanha, impede-me de ler o que quero, mesmo sem relações com esta merda de escola que está a acabar. impede-me de desenhar, impede-me de cantar. não me permite pensar, não me permite falar, não confio em ninguém o suficiente para que a raiva possa ser amenizada. é uma que me impede de sorrir verdadeiramente por mais piadas que me cruzem. impede-me de querer ver televisão, impede-me de querer tentar ser alguma coisa. é uma raiva que me torna impotente, inútil, sem necessidade para alguém ou para alguma coisa. tira-me tudo o que eu acreditava, tira-me o que eu achava ser e que achava ter de especial. tira-me o propósito de ver o propósito em andar, em continuar, em manter-me de pé. tira-me as forças que me erguem, tira-me a vontade de emitir sons que não gritos, tira-me a vontade de mexer controladamente. se me mexo, ou parto, ou fodo, ou mato. tira-me o ar, tira-me as lágrimas, não saem, já não sai som, já não sai vontade. levaram-na para voar, aquela levou-a para voar, puta. vadia. meretriz da ignorância viva e da ingenuidade e hipocrisia que se pode haver. é esta raiva que não me deixa escrever. é esta que começa a degradar-se em merdas de biologia, em tristeza que consome as letras que nem sei como saem. arranca-me o olhar, arranca-me o brilho que ela me disse ter, ela que desapareceu, que goza comigo agora. ela que não volta. arranca-me tudo, deixa-me o tudo quando é nada. é a raiva que me prende o pensamento, que me deixa perdido, ainda mais perdido. é a raiva que me torna ainda mais complexo e sem interesse do que já sou. transforma-me na normalidade da falta de factos, porque a puta manda, a rua é dela, o chulo não lhe dá sexo, ela fode quem pode. são duas ou três que se juntam, são quatro ou cinco que acasalam, são seis ou sete que me corroem, são oito ou mil que me fazem cair, dormir, querer não sair, querer não falar, querer não ficar. são raivas que me deixam assim, desesperado por letras que me drogam e me contaminam o sangue aliviado. são raivas de cortes sem analgésicos, que só fico a escrever porque mais nada consigo fazer. mais nada consigo sair, não falo, não mexo, não olho. são raivas que me fazem desistir. desistir de ti, de eles, de todos, de mim. desistir do sonho. não. não está tudo bem. Etiquetas: ~, ciclo vicioso, ela, longe, perdidos somewhere timeless ela face ![]() no where março 2009 abril 2009 julho 2009 agosto 2009 setembro 2009 outubro 2009 novembro 2009 dezembro 2009 fevereiro 2010 março 2010 abril 2010 maio 2010 junho 2010 julho 2010 agosto 2010 setembro 2010 outubro 2010 novembro 2010 dezembro 2010 janeiro 2011 fevereiro 2011 março 2011 abril 2011 maio 2011 junho 2011 julho 2011 agosto 2011 setembro 2011 outubro 2011 novembro 2011 dezembro 2011 janeiro 2012 fevereiro 2012 março 2012 abril 2012 maio 2012 junho 2012 julho 2012 agosto 2012 setembro 2012 outubro 2012 novembro 2012 dezembro 2012 janeiro 2013 fevereiro 2013 março 2013 abril 2013 maio 2013 junho 2013 julho 2013 agosto 2013 setembro 2013 outubro 2013 novembro 2013 dezembro 2013 janeiro 2014 dream always
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